Ave!
Quando Virgílio escreveu A Eneida, a história da queda de Tróia já tinha bem mais de um
milénio. Ou seja, era mais antiga do que a história de D. Afonso Henriques é
para nós, presentemente. Se tivermos em conta que Virgílio escreveu a sua obra
há mais de dois milénios, ficamos com uma boa ideia do quão antiga é a história
da Guerra de Tróia.
A mitologia Grega é uma das artes mais fabulosas da
História Europeia. Alimentou incontáveis livros, poemas, músicas, filmes,
esculturas, e, obviamente, pinturas.
Eneias é o herói cantada por Virgílio, que escapou
durante a destruição de Tróia, para mais tarde vir a fundar a lendária Roma.
Fez parte do mito de César e Augusto traçar a descendência da linhagem júlio-claudiana
até ao mítico Eneias.
Ora, e onde é que se pode encontrar um dos quadros
mais espectaculares sobre a fuga de Eneias de Tróia? Precisamente na Galleria Sabauda.
O quadro data de 1753, e foi pintado por Pompeo
Batoni. Nele podemos ver Eneias a carregar o pai sobre os ombros, fazendo-se
acompanhar pela esposa e pelo filho, enquanto à distância Tróia é consumida
pelas chamas.
Quem também passou por Tróia foi outro herói
mitológico, porventura o mais famoso de todos, Hércules. Inspirador de
incontáveis epopeias, personagem de inúmeras aventuras, raras são as evocações
da mitologia Grega que não referem o mítico filho de Zeus.
Entre os vários episódios herculanos que enriquecem as
nossas bibliotecas, conta-se o encontro de Hércules e Dejanira com o centauro
Nessus. A dada altura, depois de se casarem, Hércules e Dejanira chegam ao rio
Evinos, onde encontram o centauro, que se oferece para ajudar a esbelta mulher
a atravessar as águas turbulentas do rio. A meio do caminho, Nessus tenta
violar Dejanira, levando Hércules a matá-lo com uma flecha envenenada (com o
veneno da Hidra, que o herói matara num dos seus Doze Trabalhos).
Uma das representações mais conhecidas (fabulosa, para
lá da compreensão humana) deste encontro é a estátua de Giambologna que se
encontra em Florença, datada de 1599.
Na Galleria
Sabauda não se encontra algo tão arrebatador, mas não deixa de ser
merecedor de atenção reforçada o quadro do século XVIII onde Hércules confia
Dejanira a Nessus.
Addendum
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